Pesquisar este blog

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

As mulheres – mar


Sempre tive medo do mar

medo não, receio

pois ele sempre foi bom com o alheio

e eu burro, sempre quis enfrentar

me apaixonei intensamente

por mulheres que veneram o mar

e sempre de alguma forma

tive que me privar

o que eu faço é caminhar

um simples corpo escultural

vozes em cadência

segredos abertos

e os muros de concreto

caídos

repletos

de maresia

minha pele queima

não usam protetor

elas mergulham

e se se afogarem

acho que irão morrer

não sei nadar

não sei proteger

meu olho em queda

meu coração não é de pedra

tesão acumulado

ainda não tenho nenhum membro perfurado

apenas uma alma sincera

uma persona inquieta

apaixonado por mulheres

que adoram o mar

irão sempre me enfrentar

e vão voltar

como o mar

mas eu sei que talvez não molhe mais meus pés...

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Move!


Sempre penso que movimentos são mútuos

e que a espera

não é apenas mero capricho

não é um regojizo

aparenta ser síndrome de narciso

ou apenas um apontamento

de ações que são perto de falhas

acho que o que eu penso

não tem muito sentido

quando nos deparamos com o motivo

importantíssimo

o momento do choro

o instante do gozo

e qualquer movimento concentrico

olha o movimento

ele aí de novo

pedindo o acompanhamento

quer andar de fato?

beijar de fato?

ou qualquer coisa?

responde po

ha

a mutualidade entrou em suspensão.