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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Natureza do Amor Parte II


Desde quando deitei contigo
da primeira vez
Achei um perigo
pois sou um masturbador nato
e agora o teor terá que ser guardado
para extenua-la mais e mais

Desde quando deitei contigo
da primeira vez
Tive a sensação
de que alguém nos espreitava
tirava fotos
e algo do gênero
você percebia e gritava
"Eu não ligo seus putos, pois o tempo é nosso"

Desde quando deitei contigo
da primeira vez
Ah, minha barba enrijeceu
meu cabelo cresceu
minha timidez encolheu
e o ambiente?
Parece que nos favoreceu
Parece

Desde quando deitei contigo
da primeira vez
Percebi que todo disfarce é válido
O prazer era para ser hábito
e o gozo, não deveria ser regido por contrato
ato
seu rosto contorcido
e sua voz pedindo contato
não deixa quieto
sentimento pulsando
corpo inquieto
situações que não tem fim... (eternidade)
Que bom!

domingo, 15 de agosto de 2010

Deck Submerso – O Começo


Rotativo com um ventilador de aço, produzindo um vento potente que bagunçam cabelos lisos e reforça cabelos crespos. Trejeitos, andares que não ficam ilesos diante da tentativa quase cega de ter alguns minutos de atenção. Mexe com uma, mexe com outra e o que se tem? Alguns minutos de atenção, lógico! Mas que atenção é essa com olhares inquisidores, reparando a ruga do olho esquerdo que não quer dizer nada diante do fato de simplesmente querer um pouco de atenção. O vento aumenta e a maré sobe. Deteriora a pilastra. O seu alicerce foi construído com areia de praia. A atenção é o cimento que sempre faltou... Olhares de cima para baixo. Olhares de desdém. O mar bate na pilastra. Não há tentativa de ir além. Não há sorrisos. Não há incomodo. Olha, olha ein. Está sentado conversando com alguém. Eles parecem felizes. Não há destrato. O universo tá conspirando... A pilastra se rompe. O deck submerge. E a conversa? A conversa flui sem pressa...